Estávamos passando pela
Estrada da Rhodia, sentido Barão Geraldo, quando em uma curvinha, um
estabelecimento quase passou desapercebido, como todas as outras vezes. Digo quase porque meu
marido tem olhos de lince e rapidamente me disse “você viu aquele
restaurante?”. Pois é, eu não tinha visto, mas fizemos o retorno e lá paramos.
Balcão do antigo armazém |
Sua fachada é simples e não
há nenhuma indicação que lá funcione um restaurante. Porém, as portas e as
janelas abertas, somadas aos banquinhos de madeira na frente, são um forte
chamariz de boas vindas.
Brahma gelada para iniciar os trabalhos |
Ao entrar no salão, não me perguntem por quê, mas eu já sabia que bons momentos me aguardavam.
Me deparei com um amplo salão com diversas mesas antigas, um balcão ao fundo e em uma das laterais, uma pia para lavar as mãos e os sanitários. Uma verdadeira viagem no tempo.
Opções de carnes na tabuleta |
Ao lado, em um outro salão todo azulejado, estavam dispostas mais mesas e também os buffets de salada e comida caseira. Na parede uma tabuleta escrita à mão, indicava as carnes disponíveis.
O sistema é simples. Por um preço único, o cliente escolhe uma carne e se serve à vontade do buffet. Todas as carnes são acompanhadas de batatas fritas.
Dicas da Mi:
- Feijoada
- Bisteca de Boi
- Bisteca de Porco
- Filé de Frango a Milanesa
- Bife
Pratos quentes |
Enquanto observava o local
e escolhia o prato, tomamos uma Brahma super gelada, que desceu gostosa.
Fomos nos servir no buffet
e as verduras e legumes estavam fresquinhos. Havia uma boa variedade, como
alface americana, tomate cereja, chuchu com cebola, repolho roxo, batatinhas em
conserva e pepino com cheiro verde.
Saladas fresquinhas |
Na parte quente, havia
feijoada, feijão caseiríssimo, arroz, torresmo, couve e farofa.
Não demorou muito, nossas
bistecas chegaram em uma chapa de ferro soltando fumaça e perfumando o
ambiente.
A comida servida no
restaurante é a mais caseira possível e estava tudo maravilhosamente gostoso.
Para acompanhar o almoço, pedimos um guaraná e a moça perguntou “pode ser um Mantovani?”. Pois é, tomamos um Mantovani sabor Maçã, geladinho. Esse guaraná é comercializado desde a década de 50, produzido em Socorro – SP.
Para acompanhar o almoço, pedimos um guaraná e a moça perguntou “pode ser um Mantovani?”. Pois é, tomamos um Mantovani sabor Maçã, geladinho. Esse guaraná é comercializado desde a década de 50, produzido em Socorro – SP.
Cristiane, o pequeno Felipe e Dona Alice |
Após a agradável refeição,
fui bater um papo com a Cristiane, que havia nos atendido na mesa, e assim pude
saber um pouco mais da bonita história do local.
Tudo começou quando sua
bisavó, Frida Simmeler, veio da Suíça e para o Brasil e montou um armazém.
Depois o armazém foi tocado por sua avó e depois por sua mãe Alice, que já
casada com o Bigode resolveram transformar o armazém em restaurante.
O Restaurante do Bigode
está aberto há 36 anos e funciona de segunda a sábado somente no horário de
almoço.
Uma pausa depois do almoço |
O Bigode que dá nome ao
restaurante, infelizmente não puder conhecer, pois ele faleceu neste ano, meses antes de eu conhecer o local.
Como disse Cristiane, o estabelecimento
está na 5.a geração de Dona Frida, pois seu filho Felipe, corre pelo local e se
diverte com saúde.
Fiquei muito feliz em
conhecer esse cantinho simples e essa família unida, que recebe de coração
aberto, todos seus clientes em sua casa.
Restaurante do Bigode - $
Av. Doutor Roberto Moreira
(Estrada da Rhodia), s/n°, Km 1 – Barão Geraldo
Campinas
- SP